sexta-feira, 22 de julho de 2011

Demi Lovato diz que pensou em abandonar a carreira e que seu novo álbum não será como "Skyscraper"




Depois de ficar de Novembro de 2010 até Janeiro de 2011 em um centro de tratamento para tratar bulimia, anorexia, automutilação, depressão e transtorno bipolar, Demi Lovato está no centro das atenções com o seu hit de volta ao mundo da música, "Skyscraper". A canção de superação tem ganhado elogios de várias estrelas, como Katy Perry, Kelly Clakson e Pete Wentz, tendo até já recebido uma versão cover por Jordin Sparks.


E enquanto ela dá os retoques finais em seu terceiro álbum de estúdio – o primeiro desde sua temporada na reabilitação – Demi Lovato (DL) revela para a AOL Music (AM) que ela não se considera recuperada e até pensou em desistir do show business completamente. Aos 18 anos de idade, ela admite que vê o ator Robert Downey Jr. como uma "inspiração", e espera motivar as outras pessoas a ficar saudável. E, claro, Demi falou sobre todos esses rumores de namoro com Ryan Phillippe.

AM: Você tem recebido elogios de outros artistas para o seu novo single, "Skyscraper". Qual a sua reação com todos eles e com todo esse apoio?

DL: “Tenho tido muitas respostas positivas, e isso tem sido tão incrível. Ouvi dizer que pessoas como Katy Perry e Kelly Clarkson respeitam a minha música e ao mesmo tempo, elas ainda estão twittando sobre isso. Quero dizer, tem sido tão maravilhoso e eu estou tão grata. É tão emocionante para mim, porque elas são pessoas na qual me espelho e ver que elas estão twittando sobre mim, é como um sonho se tornando realidade.”

AM: Você acha que pode sair alguma parceria de tudo isso?

DL: “Eu amaria trabalhar com essas pessoas. Eu ainda não tive a oportunidade, mas talvez no futuro. Isso é uma coisa que definitivamente estar na minha lista de desejos.”

AM: Com quem você tem trabalhado no seu novo álbum?

DL: “Tenho trabalhado com Toby Gady e com uma dupla chamada Dan Pringle e Leah Haywood, eles são da Dreamlab Productions. Eles são incríveis. Nós temos realmente feito ótimas coisas juntos. Eu trabalhei com Ryan Tedder do OneRepublic outro dia. E Tim James e Antonina Armato do Rock Mafia. Tenho realmente trabalhado com pessoas incríveis e estou ansiosa para começar com as outras pessoas que estou indo trabalhar em breve.”

AM: As pessoas estão dizendo que "Skyscraper" é o single que marca sua volta, e ele tem uma tonalidade e uma mensagem muito inspiradora e poderosa. O resto do álbum vai seguir essa força, esse tema de auto-superação? 

DL: “A sonorização e os sentimentos do álbum serão mais leves. Com "Skyscraper," nós queríamos mostrar algo muito inspirador e que representa a jornada que enfrentei. Mas o resto do álbum é algo mais leve e mais divertido. Ele é definitivamente muito mais maduro do que qualquer outra coisa que eu já fiz. Não é pop rock, é mais R&B e isso realmente explora mais os meus vocais. Estou realmente orgulhosa dele. Há algumas outras músicas que são intensas como ‘Skyscraper’ que eu estou ansiosa para que as pessoas ouçam, mas a maior parte do álbum será muito mais diversão.”

AM: Você atribui qualquer um dos problemas que te levaram a buscar tratamento à pressão do estrelato infantil e crescer sob os holofotes?

DL: “Não. Meus problemas surgiram devido a outras coisas que aconteceram na minha infância. Eles são questões que toda garota lida, estejam elas ou não no centro das atenções. A automutilação se tornou tão comum para várias garotas que em quase todas as famílias, existem pessoas que já tentaram fazer isso ou já experimentaram. É um vicio que está em todo lugar. Ele não é necessariamente característica de quem é uma estrela infantil.”

AM: Então, você não sente que a pressão aumentou, tendo em vista que recentemente você terminou o tratamento e já foi jogada de volta para os olhos do público? Você ainda é muito jovem.

DL: “Eu realmente não me considero jovem, porque já eu vivi tanto da vida e já passei tantas coisas. Mas isso não torna mais fácil estar na frente das câmeras, enquanto eu estou tentando me recuperar de um transtorno alimentar. Mas isso é o que eu amo fazer e nada vai me impedir de fazer o que eu amo e nem de inspirar às pessoas a se sentirem melhores consigo mesmas.”

AM: Mas, deve ter havido algum momento em que você considerou sair dos holofotes de uma vez. 

DL: “Sim, definitivamente tive que reavaliar minha vida de todas as maneiras possíveis tendo até que considerar como opção a minha não volta aos palcos e à música. Obviamente, no fim do dia, o que mais importa é a minha saúde e meu estado mental, e isso vale mais do que qualquer carreira. Mas eu pensei, ‘Música é algo que me mantém saudável e de certa forma, salvou minha vida. Eu a amo, e não vou desistir disso.’ Eu posso estar saudável e fazer isso ao mesmo tempo. Vários artistas e músicos e mesmo atores conseguiram isso. Tipo o Robert Downey Jr., ele obviamente já lidou com muitas coisas e tem sido capaz de manter sua sobriedade e sua carreira ao mesmo tempo. Eu olho para ele como um tipo de inspiração. E ele não é o único, então eu vi que isso é possível. Já descansei e foi maravilhoso, mas agora estou ansiosa e pronta para voltar.” 

AM: Você disse que não se sente jovem por causa de tudo o que você já passou. Você sente de alguma forma que sua infância tenha sido perdida? 

DL: “Não! Mesmo quando eu tinha 5 anos de idade, eu já queria me mudar e ter a minha própria casa. Lembro que eu até perguntei pra minha mãe, e ela disse: ‘Não! Você tem apenas 5 anos!’ Algumas pessoas nascem desse jeito. É uma benção e uma coisa ruim ao mesmo tempo. Você tem que lidar com o que foi te dado. Não acho de maneira alguma que a minha infância tenha sido roubada.” 

AM: Por que você decidiu falar abertamente sobre os problemas que você passou? 

DL: “Porque eu sei que se eu posso usar a minha voz para falar com uma pessoa, uma família, então minha parte está feita. Sinto que não foi uma coincidência que Deus me tenha me feito passar por tudo isso, e ter me dado a voz que eu tenho. Eu sinto que meu propósito na Terra é muito maior do que apenas o de ser uma cantora, musicista ou atriz. Ele é pra conseguir atingir e ajudar as pessoas a buscar soluções para esses problemas, que quase ninguém fala sobre.”

AM: É sua meta encorajar as pessoas que estão lidando com os mesmos problemas que você a se abrirem e falar sobre o que eles estão passando, ou é pra prevenir que as pessoas caiam nesses hábitos? 

DL: “Eu acho que as duas coisas. Adoraria ver as pessoas buscando ajuda para os problemas que eu tenho falado sobre ao me ver como exemplo, e dizer: ‘Wow, existe uma vida fora desse mundo de automutilação e distúrbios alimentares’. Penso por mim, se isso previne alguém de passar pelo o que eu passei, ou se isso salva a vida de uma pessoa, então eu fiz a minha parte.”

AM: Você se considera recuperada a esse ponto? 

DL: “Não. Esse é um processo que leva tempo e a parte mais difícil dessas doenças é que elas são coisas que terei que lidar diariamente até o resto da minha vida. Eu vou cometer alguns erros e eu não vou ser perfeita, mas contanto que eu tente todos os dias ficar melhor e melhor, estarei um passo a frente do que estava antes.”

AM: Você tem medo de que você possa ser rotulada como 'apenas outra problemática estrela adolescente que foi pra reabilitação', e de que isso possa te seguir pelo resto de sua carreira? 

DL: “Espero que minha música fale mais alto de que minha vida pessoal. Não importa se seja minha vida amorosa ou os meus problemas pessoais e batalhas. Espero que minha música fale mais alto que isso. Minha meta é não ser rotulada como isso.”

AM: Já que você mencionou sua vida amorosa — os rumores de que você está namorando o Ryan Phillippe são verdadeiros? 

DL: “Wow, isso é realmente engraçado. Acho que quando você está em Hollywood, te relacionam com as pessoas mais aleatórias. Eu não faço ideia de onde isso veio. Acho isso muito engraçado e alguns rumores são loucos. Isso acontece quando as pessoas te querem colocar pra baixo. Mas não, isso não é verdade.”

AM: “Skyscraper” é sobre as pessoas que tentam te colocar pra baixo, mas no fim, você consegue superar isso, e dar a volta por cima. E isso certamente se assemelha à sua batalha pessoal, mas você não escreveu isso. Você ter alguma música de sua própria autoria no próximo álbum? 

DL: “O CD, na verdade, está quase pronto. E sim, eu co-escrevi várias músicas. Estou muito feliz e orgulhosa dos resultados. Mesmo que não tenha sido eu quem escreveu "Skyscraper", ainda assim tive um sentimento emocional bem grande por ela. E eu a quis gravar, porque aquilo tinha me tocado.”

AM: Qual vai ser o próximo single? 

DL: “Nós ainda não o escolhemos, porque estamos trabalhando em algumas músicas. Mas dentro de algumas semanas, já estaremos decidindo qual vai ser. Estamos todos muitos ansiosos por isso, e espero que seja um pouco mais tranquila, e mais dançante. Eu não sou o tipo Adele de artista que quer cantar só baladinhas e canções emocionais o tempo todo. Eu ainda quero me divertir, e eu gosto de cantar o que eu escuto.”

AM: O que você está ouvindo agora? 

DL: “Bastante Nicki Minaj!”

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