sexta-feira, 22 de julho de 2011

Demi Lovato fala sobre todo o processo criativo de "Skyscraper" e de seu novo álbum


Em Novembro de 2010, Demi Lovato esteve nas manchetes por todos os motives errados. Após uma violenta discussão com uma de suas dançarinas enquanto ela estava em turnê com os Jonas Brothers, a estrela da Disney decidiu entrar em uma clínica de reabilitação para lidar com “problemas físicos e emocionais”. Depois de alguns meses de tratamento, ela deixou o local em Janeiro deste ano e se manteve bem quieta. Isto é, até a semana passada, quando ela lançou sua nova música, “Skyscraper”, responsável pela sua grande volta. 


A balada, que fala sobre permanecer forte diante de um tumulto emocional, rapidamente alcançou o topo do iTunes, se transformando no maior hit da curta carreira de Demi Lovato. Fãs conectaram-se instantaneamente à poderosa faixa e muitos covers surgiram no YouTube. Nós falamos com a Demi na noite de terça-feira sobre a evolução criativa de “Skyscraper”, com seu emocionante videoclipe dirigido pelo Mark Pellington, e seu receio pela presença de referências ao álcool no top 10 da Billboard atualmente.

VH1: O que você pode nos contar sobre como essa ótima música chegou até você e o que foi que lhe chamou atenção em “Skyscraper”?

DL: “Eu a gravei há um ano e quando a ouvi pela primeira vez, eu me encantei. Eu estava emocionalmente ligada a essa música e me identifiquei muito com ela, assim como muitas outras pessoas. Como muitos de meus fãs. Acho que essa é a beleza da música, ser muito fácil de fazer com que as pessoas se identifiquem com ela, mas para mim, quando eu a gravei pela primeira vez, foi como um choro por ajuda. Isso aconteceu antes de eu entrar no tratamento, antes de tudo que, meio que chocou meus fãs. Eu entrei no tratamento e quando eu saí de lá, tentei regravar “Skyscraper” porque minha voz estava diferente e simplesmente não era a mesma coisa. Tinha alguma coisa na primeira tentativa, que saiu como se fosse mágica. Eu estava muito comovida, e mesmo depois desse dia, ela continua sendo muito especial para mim. Nunca estive tão vulnerável ou comovida enquanto gravava uma música, a ponto de quase estar em lágrimas no estúdio. Eu estava chorando quando gravei isso. Eu não sei, apenas foi ótimo voltar dessa maneira.”

VH1: Eu sei que você co-escreveu essa música com Toby Gad, com quem você já havia trabalhado em suas gravações anteriores. Pode me dizer um pouco sobre as contribuições que você teve para essa música particular?

DL: “Na verdade, tudo que eu fiz foi representá-la. Eu a cantei e coloquei meu coração nela. Trabalhar com Toby foi incrível, ele escreveu a música com uma artista chamada Kerli e ela é uma incrível cantora, eles fizeram um ótimo trabalho e eu tive a maravilhosa oportunidade de gravá-la.”

VH1: Foi uma música pela qual você teve que lutar? Você teve a impressão que ela iria escorregar por entre seus dedos?

DL: “Eu nunca realmente senti que eu poderia perder essa música de alguma forma.”

VH1: O que eu quis dizer com isso é que, você sabe, às vezes escutamos como demos de músicas meio que voam pelo círculo desta indústria, e artistas às vezes lutam para ver quem a grava primeiro. Eu não sei se existia algum risco desse tipo de coisa acontecer quando você gravou pela primeira vez a música.

DL: “Não, Toby foi um produtor leal. Quando ele me deu a música, ele a deu para mim. Eu fui muito abençoada.”

VH1: A música foi lançada faz mais ou menos uma semana, e logo que foi liberada, ela foi direto para o topo do gráfico do iTunes, o que fez com que fosse de longe a música mais bem sucedida de toda a sua carreira. Por que você acha tantas pessoas se conectaram com essa música particular, neste momento em particular, principalmente agora que no Top 10, a maioria das músicas é sobre celebrar e festejar?

DL: “É meio que uma pena que as músicas pop tenham se tornado muito mais sobre festejar e baladas, sabe. Tem um tempo e um lugar para o artista ter esse tipo de música, e você sabe, eu tenho uma daquelas músicas do tipo “sinta-se bem” entre as minhas gravações também. Eu acho que as pessoas não aguentarão mais ouvir o tempo todo no rádio sobre beber, porque nem todo mundo bebe. Eu não tenho idade o bastante para ir às boates e eu tenho pouco tempo para me relacionar com esse tipo de música, então aqui eu estou, lançando uma música que é muito emocional e eu acho que meus fãs apreciam isso. Eles não têm idade o bastante para irem às boates, nem para beber e eles têm uma música a qual podem se identificar.”

VH1: Me fale um pouco sobre a decisão que você e seus empresários tomaram para trabalhar com Mark Pellington nesse vídeo. Obviamente, ele dirigiu "Jeremy" do Pearl Jam, então ele definitivamente é um especialista em associar efeitos visuais poderosos à letras emocionantes. O que foi mostrado sobre o tratamento que realmente falou por você no vídeo?

DL: “Quando meu empresário e a minha gravadora falaram pra mim sobre o clipe ter essa inspiração, eles me mandaram um vídeo do Mark Pellington. Ele era realmente respeitado como um diretor, e tinha uma ótima maneira de interpretar a música em um vídeo. Eu sou muito grata pelo ótimo trabalho que ele fez. Mas ele é um artista incrível, e ele realmente sabia como interpretar esse tema em um vídeo maravilhoso.”

VH1: Todo o poder da música definitivamente vem através do vídeo, e eu sinto que esse é um dos clipes mais emocionantes que eu já vi desde “Nothing Compares 2 U" do Sinéad O’Connor.

DL: “Oh, obrigada!”

VH1: Então, o que eu quero perguntar é: como você se entregou a todo aquele estado emocional novamente? Foi assustador para você ser tão vulnerável diante das câmeras? Quero dizer, uma coisa é está gravando no estúdio, outra é ir para a frente das câmeras...

DL: “Nós filmamos o vídeo no meio do deserto, então basicamente, foi muito fácil chegar àquele estado emocional porque eu estava meio que de qualquer maneira desligada do mundo real. Não havia muitas pessoas lá. Nós pegamos um voo particular para levar apenas as pessoas mais essenciais: o diretor, os empresários, e a responsável pelo cabelo e maquiagem. Então não tivemos uma grande produção. Nós realmente mantivemos as filmagens bem íntimas, porque isso precisava acontecer pela música.”

VH1: Eu sei que é muito cedo para estar perguntando uma coisa como essa, mas estou querendo saber se esse é o tipo de música que você vai estar cantando talvez daqui há 10, 15 ou 20 anos ou você acha que isso é algo causado pelo momento e que você prefere não insistir?

DL: “Não, definitivamente eu acho que esse é o tipo de música que eu ainda quero cantar pelo resto da minha vida e se eu for abençoada o suficiente de ter uma carreira que vá durar 15 ou 20 anos, eu definitivamente quero apresentar isso porque representa um momento incrível da minha vida e da minha carreira.” 

VH1: Não sei se você já acessou a internet hoje ou não, mas a Jordin Sparks divulgou no YouTube o cover de "Skyscraper" feito por ela. Você já ouviu?

DL: “Não, mas eu quero ouvir. Parece incrível!”

VH1: Por acaso, ela chegou em você e disse que faria isso?

DL: “Sim, Jordin é uma das minhas amigas e ela fez backvocal em "Skyscraper." Nós quisemos o manter, porque isso acrescenta uma boa sonoridade à música. Acho que ela pode ter gravado uma vez, talvez e eu não sei realmente qual era a situação, mas eu sei que ela fez os backvocals e eles ficaram ótimos.” 

VH1: O que nós podemos esperar do seu novo álbum? Você tem ideia de quanto tempo ainda vai estar trabalhando nele? O que aguarda por você nessas próximas semanas e meses?

DL: “O próximo passo pra mim, é finalizar o CD e lançar-lo o mais rápido possível. Trabalhei e ainda estarei trabalhando com várias pessoas incríveis, por isso estamos realmente animados para o divulgarmos. E espero lançar outro single em breve... eu não sei, vamos ver!”

VH1: Há algum produtor ou compositor em especial com o qual você está trabalhando?

DL: “Eu não tenho certeza se eu posso falar sobre isso, mas há algumas pessoas muito talentosas. Estou realmente animada.”

VH1: Você tem alguma ideia em mente de quando você poderá dizer alguma coisa? Talvez no final deste ano ou início do próximo?

DL: “Em breve é tudo o que eu posso dizer!”

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